Olhei á minha volta

Hoje eu estava de volta a casa na minha camioneta quando dei por mim a pensar o que iria escrever no blog, quando olho para a janela e vejo algumas a pessoas a passar.
A camioneta ao parar eu reparo que numa paragem está um velho a olhar para mim, e eu penso para mim “ será que o velho consegue saber o que se passa dentro da minha cabeça?”.
Fiquei a pensar nestas palavras que tinha dito para mim próprio e depois de alguns minutos reflexão dei comigo a pensar “e será que ele pensou o mesmo que eu”.
E nesse momento a percebi-me que o ser humano é muito egocêntrico, pois quando olha para as outras pessoas pensa com os seus problemas na cabeça e nem sequer lhe passa pela cabeças que estas também tem vidas, problemas, e talvez os nossos nem se comparam com aqueles que eles tem.
Quantas vezes olhamos para uma pessoa que está cabisbaixa, que não tem razão para o estar pois nos estamos muito pior.
O que eu quero dizer com isto é que se calhar nos não somos o centro do universos, e as pessoas não andam ah nossa volta, porque a coisa mais complexa de se perceber é uma outra pessoa.
Mas eu vivi em função de outra pessoa durante muito tempo e sem dar conta foi afundando-me a mim ao relacionamento com outras pessoas, pois o meu egocentrismo foi tão grande que se eu não fosse dela não seria de mais ninguém, foi tão cego que não consegui perceber que ela vive numa realidade diferente da minha onde para ela também só à uma pessoa, mas essa pessoa não sou eu.
A isto não se pode chamar amor, mas sim a uma obsessão de que a minha mente está viciada, uma ideia possessiva, que me faz pensar que ela será minha.
A única maneira de sair disto, é encontrar uma outra obsessão, uma outra pessoa em que eu possa depositar a minha razão de vida, mas que desta vez ao menos seja correspondida para não acabar enfiado no buraco onde estou.