Blog da Mota: novembro 2007

terça-feira, novembro 27, 2007

Simplesmente Cabeças de Rádio

Tal como o meu amigo Ruben ontem, hoje apesar de querer escrever, não me surge nada para retratar hoje no nosso blog.
E muito é semelhança do que ele fez ontem hoje quero vos presentear com uma música dos Radiohead, a música chama-se Weird Fishes/Arpeggi é uma das minhas preferidas destes grandes artistas.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Ao Primeiro escrevo o que penso


Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força!

Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infiéis vençam,
A bênção como espada,
A espada como bênção!
Fernado Pessoa

Pai, foste tu quem criou esta pátria já esquecida, infectada pelo próprio sangue, foste tu que com a ambição de ser maior do que aquilo que todos os sábios homens diziam que podias ser, foste tu com essa mão que repousa num gelado tumulo, que abris-te o caminho para o desconhecido.
Mas que desconhecido é este pelo qual teus olhos se inundaram de lágrimas para ver desbravado, serão mouros, serão mares, ou serão apenas sonhos que nem tu nem os nossos sonham atingir?
Que pensas tu pai, quando os teus castelos são vistos com olhos de troça, deixando morrer os teus passos pelo luar, quando vislumbravas terras que não eram tuas, mas que a vontade de as glorificar era maior do que o sonho de qualquer rei imundo.
Diz-me Pai, se o povo pelo qual lutas-te, pelo o qual eu escrevo, não está munido de uma forte falta de patriotismo, diz-me pai, se á razoes para que os meus olhos se afoguem em lágrimas, dia após dia, depois da nossa pátria ser atingida pela inferioridade rotulada por homens sem escrúpulos, insensíveis a todo o que é arte.
Fulmina-me o coração saber que a pátria que amo, é sem hesitar, ferida com criticas, insultos, que posso eu fazer, dizer ou até mesmo escrever, para que esta tua gente esquecida e ingrata, olhe para a bandeira que deixas-te ficar hasteada, e sinta o orgulho que sinto, o orgulho de um verdadeiro peito Lusitano.
Que interessa, a esta gente sombria, aqueles que pela sua pátria perderam a vida, a que é que á gente da cobiça e luxúria, serve estas palavras escritas por um patriota à beira-magoa, que sofre por uma amada a qual não poderá tocar, nem cantar os versos que para ela escreveu.
Dai a tua bênção á minha espada para que possa combater os infiéis de hoje, e dai-me a toda a tua força e bravura, para que possa continuar a olhar com franqueza para esta bandeira que empunho, com a franqueza de ser português, e nada mais querer, apenas sentir essa bandeira no meu peito.
Tu, com a tua espada abris-te as portas do Quinto império, eu com uma caneta e um papel amarrotado serei mais um a remar para esse infinito de ideias, turbilhão de pensamentos, e para junto da perfeição.
Pai, foste cavaleiro, agora eu sou poeta.

There

Após grande tempo de ausência, volto...sem nada para dizer!!!

"Just because you feel it, doesn´t mean it´s there"

terça-feira, novembro 20, 2007

Horizonte

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre as naus da iniciação.


Linha severa da longínqua costa -
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.


O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade.
Fernando Pessoa

Deslumbro este céu, céu que todos os dias o vemos, muitos se perdem pela sua beleza, ficando eternamente maravilhados pelo facto de que algo tão belo não pode ser tocado, não o podemos ter na nossa mão e suavemente aprecia-lo, outros quase o ignoram.
Todos os dias, desde que a aurora ilumina esta terra cheia de imperfeições, até que o ultimo raio de luz do sol escapa ás garras da escuridão, para que a lua tome o seu trono e governe a noite, todos os dias, todas as noites ele ali se encontra, delimitado apenas pela fina linha do horizonte.
Que linha tão extraordinária, tantos segredos esta esconde, tantos homens deram a sua vida em vão para a atingir, passar para um outro mundo, onde a matéria não passa de pura inutilidade e o espírito reina em terras que não têm forma, nem feitio, apenas pedaços de pensamento soltos algures no universos.
Mas esses Homens que a tentam passar, nunca a atingem, apesar de os vermos passar estes jamais conseguiram chegar perto, e sem rumo e sem destino perdem se no desconhecido, levados pelas correntes violentas de um mar o qual não sabemos o nome, e o qual desconhecemos a forma.
Sentado na praia, observo sem pressa o sol a passar essa linha, também ele não tem pressa pois sabe que parte para o infinito, ele sim parte para o mundo que tanto anseio conhecer, o mundo onde o meu espírito pode voar livremente sem que o meu corpo assim o impeça.
Com os joelhos juntos ao corpo, o meu olhar vagueia por um praia deserta, molhada pela impiedosa chova que cai cada vez mais forte sobre o meu corpo e sobre a areia que outrora fora o leito de mais um vagabundo sem rumo, que triste adormece sobe um céu estrelado, e penso, penso que o sol pensa, e questiono sem pensar, por que demora tanto tempo a desaparecer de um lugar tão imperfeito como este, se do outro lado desse horizonte se encontra esse mundo tão perfeito?
Para minha surpresa o sol, já sem forças para tal, responde “ A perfeição é algo que é demasiado perfeito para ser visto, a beleza esta na imperfeição do homem, para alem desta linha não se encontra a perfeição, encontram se espíritos imperfeito os quais os pensamentos brilham mais do que qualquer estrela, e a sua luz é mais do que a fama. Mas apesar de serem apenas mente e poesia, também foram carne e desgraça”.
A sua voz grave e melódica prolongou-se durante tempo ao qual não sei dar sentido nem nome, ao longe a guitarra começava a soar, o leve e ténue som das cordas a serem dedilhadas, era algo que a gente que não a ouve, não consegue perceber nem ver, é apenas a guitarra pela qual estou preso, para sempre preso no seu som.
Levanto-me e intuo um grito que se estende até ao mar, e para na tal linha abstracta, para lá dela o sol já não me ouve, para cá dela ele deixou a dor de ver, passou para o mundo onde apenas sente, e onde jamais poderei chegar.
A chuva impiedosa, essa continua a cair, por entre os rochedos faz se ouvir o cântico do mar a dar o sinal que a lua já governa este mundo, tímida mente observo-a sentada no seu trono, encoberta por pedaços de nuvens negras que intimida o meu olhar, e assim me sento, derrotado pelo próprio pensamento que é tão abstracto como a linha pela qual escrevo.
Para lá daquele horizonte pedem estar o desconhecido e o perigo, para lá de todo isso o que estará? Não sei ao certo, apenas sei o que vejo, e essa linha tira-me as asas de sonhar, um dia poderei voar como os anjos que pintam o céu de negro, e nesse dia poderei passar para alem desse linha imaginária.

segunda-feira, novembro 19, 2007

A música no seu melhor

Para começar a Rubrica de hoje em grande estilo com uma música de hip-hop que descobri á uns dias atrás em quanto viajava na Internet.
A música chama-se Something Bells, e foi feita pelo Dj Daedelus, e convidou Busdriver e Pigeon John, para que estes dessem o seu contributo a este grande Bit, e o resultado foi este:



Bem depois de abrir o apetite com esta grande música partimos para o artista em destaque nesta edição do “A música no seu melhor”.
Hoje apresento-vos Samuel Mira, Faz parte da geração pós 25 de Abril, nasceu a 17 de Julho de 1979 e desde de 1999 tem posto a Tuga a arder com as suas rimas, os bites que encantam e dão motivação aos novos Mc´s desta Tuga.
Falo-vos de Sam the kid, este Mc que hoje é um dos exemplos da Tuga lançou o seu primeiro álbum muito novo ainda, tinha apenas 20 anos quando lançou o álbum Entre(tanto), este álbum não se pode dizer que seja muito bom, mas é um Cd que transmite os sentimentos verdadeiro deste Mc de Chelas, mas conseguimos encontrar boas músicas como Mil Razões, Estranha Forma de Vida, A Caixa.
Neste Cd Sam mostra o seu estremo amor pela Guitarra portuguesa, utilizando diversas vezes esta mesma nos seus bites, traz algo de novo para o Hip-Hop Tuga, por vezes chega a contar histórias numa musica de Rap, e traz um enorme talento a nível de rimas.
Em 2002, Sam revolucionou completamente a maneira de fazer Hip-Hop em Portugal, lançando um álbum que ainda hoje muitos consideram o melhor álbum do Hip-Hop Tuga, Sobre (Todo) tem temas inesquecíveis como B.I., Decisões, Sangue, Sociedade Confusa, Não Percebes, PSP, Musa, Talvez, com Beto, Lamentos, e tantas outras que tornam este Cd um dos melhores álbuns desta grande Tuga.
A música que se segue chama-se PSP, e é uma das minhas preferidas deste álbum.



Ainda em 2002, Sam lançou mais um álbum, mas desta vez é apenas com Bites feitos por si, intitulou-o de Beats Vol.1 – Amor, neste destacam se Quando A Saudade Aperta, Eu E Tu, Sedução, Alma Gémea, A Manhã Seguinte, Arrependimento, Fogo Sem Chama, é um Cd repleto de grandes músicas.



Num passado mais recente, mais concretamente em 2006 Sam lançou o seu ultimo trabalho, intitulado de Pratica(mente), este álbum apesar de ser um pouco mais comercial, é de extrema qualidade, tendo Músicas como Pus-me a pensar, Ignorância, Negociantes, Juventude é negligente, Presta a atenção, Poetas de karaoke, Á procura da Perfeição repetição, De Repente.
Esta música chama-se, Á procura da Perfeição



Bem e é assim que mais uma vez a nossa rubrica chega ao fim, espero que tenham apreciado esta grande rubrica a mostrar o Hip-Hop nacional pois eu gostei de a fazer, fiquem bem e até á próxima Rubrica.

quarta-feira, novembro 14, 2007

John Frusciante- Look on

I can't get through
Knots in my mind
I resent
The self i can't find
I can't get through
A paper and a pencil
Are the best friends i've got
I went to downtown LA.
Got picked up by the cops
I didn't get what i wanted
But i didn't care a lot
I saw that life was kidding
Look on
I'm warning you
I skipped a life
To be herei've got no right
I'm bad luck
I used to feel a lot
Things used to be alrightso much was going on
I'm empty now inside
When i thought life was terrible
Things were going fine
Vincent called as a set up
Look on
It's not right
I lost my fame
It's a cheap trick
I wanna do it again
I've got no life
I am a seperate entity
From the guy i was before
Here nobody wants me
I hoped for something more
I flip through empty pages
That i thought i wrote on
I can't tell what is dreaming
Look on
Sem conseguir dizer algo em concreto, preciso de me expressar pela poesia de alguém genial, não sei se algum dia conseguirei fazer algo tão genial como és ta música, mas gostaria.
Melhor solo de Guitarra de sempre.

Alecrim de Novembro

O dia foi frio, não passou de mais um dia de Novembro, frio, que anuncia o fim do Outono e o começo de um Inverno ainda mais frio, foi apenas mais um dia de Novembro, igual a tantos outros.
Mas este dia, tão normal para as pessoas que me rodeavam, tão igual aos dias que passaram anteriormente, e que ainda estarão para vir, este dia, foi mais frio para mim do que para qual quer outra pessoa, senti-me gelado, duro como um bloco de gelo.
Este frio que me consome, é um frio diferente daquele que, as pessoas que se encontram á minha volta se protegem, este frio entranha-se no meu corpo, gela o meu sangue, e fica na minha mente, este frio esta longe do frio físico, torna-se num nevoeiro serrado, que me impede de ver o mundo.
Estou forra de casa, o frio físico não me incomoda, mas á algo no ar que desperta o meu interesse, inspiro profundamente a noite fria e gélida, munida de uma escuridão tão densa que mal consigo distinguir o meu próprio pensamento, e inalo o doce aroma a alecrim, não é forte, é a penas um ténue aroma no ar que trás distantes recordações.
13 Anos antes do dia em que escrevo neste blog, 13 confusos anos que passaram na duvida de um ser, pelo qual tantas duvidas foi assaltado, muito antes de poder escrever, e de ser invadido por este vazio que me consome, eu perdi alguém, alguém que segurava o meu mundo, alguém que olhava par mim e acreditava, alguém que me amava.
Como este simples aroma consegue despoletar as memorias de um passado á tanto esquecido, melhor dizendo, tentado por no esquecimento, pois todos os anos, todos os dias em que me encontro no lado negro da minha mente, ele vem-me á memoria, e simples mente fico assim, pensativo, incapaz de poder controlar uma saudade desmedida, e incapaz de deixar de supor.
A 14 de Novembro de 1994, o mundo tal como o conhecia, foi de súbito assaltado, nele levaram uma alegria que já mais a voltarei a sentir, e um olhar que nunca mais o verei, a morte do meu avô foi longa e penosa tanto para ele como para os restantes familiares, mas era demasiado novo para perceber o que se passava á minha volta, era demasiado ingénuo para poder entender o que é que a morte significava, e era apenas uma pequena criança, não sabia o que é que era uma doença terminal.
E num ápice, para mim, todo aconteceu, a sua morte foi demasiado penosa para um pobre miúdo que via o seu avô como o Super-Homem, um miúdo que não conhecia injustiças, um miúdo que teve que aprender que a vida por vezes é injusta, e que com ele assim o seria para o resto da vida.
Hoje 13 anos depois estou invadido pela mesma nostalgia que me invade todos os anos, ou quando simples mente no mundo não á nada em que eu me poça agarrar, eu sei que poço recorda-lo.
A sua imagem ficou destorcida, e infelizmente necessito de fotografias para poder relembrar os seus traços, mas para relembrar as suas palavras, os seus gestos, ai não necessito delas, isso ficou-me gravado para sempre no meu ser, não interessa o tempo que viva, esses gestos, essas palavras, jamais serão apagadas da minha memoria.
Saudade é a palavra pela qual fugimos, é a palavra que temamos evitar, o sentimento, esse esta entranhado dentro de nós, e apenas tentamos esconder dos outros o quanto essa palavra nos afecta, mas passados tantos anos, tenho necessidade de me expressar, poder libertar algo que me pesa á já lagos anos, e que é o não poder velo todos os dias.
Inspiro outra vez, o aroma a alecrim já lá vai, mas os pensamentos e as memorias prevalecem, inundam-me os olhos de delicadas cantigas, cantadas para que o meu espírito sossegasse, e pode-se tranquilamente adormecer nos braços de alguém que me protegeria, e que ainda hoje me protege.
Não acredito em paraísos, nem em reencarnações, acredito que parte dele está comigo, que me segue, e que parte disto que escrevo, parte destes pensamentos que partilho com o mundo, são me transmitidos por ele, pois acredito que de alguma maneira ele esta dentro de mim, e faz com que a minha vida tenha algum significado.
Por esta razão é que fiquei desolado com a destruição do jardim dos sonhos mortos, a minha ligação com o meu avô era intensa quando estava nesse lugar, era como se ele estivesse ao meu lado, e através daquele lugar podia falar com ele, mas agora, expirando todas estas recordações para o ar gélido da noite, sei que o tenho comigo para todo o sempre, mesmo que o jardim tenha sido destruído.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Cala-te!!



Bem, este episodio é no mínimo caricato, isto faz nos pensar até o quanto um homem pode ser humilhado neste tipo de conferencias, e como o nosso blog é um blog que gosta de picardias politicas, não podíamos deixar passar em brando este acontecimento.
Como líder de um partido vou fazer as minhas declarações, acerca do que eu e o PPF pensamos sobre os últimos acontecimentos:
- Ei, mandou-te calar, xi, que vergonha, afrente daquela gente toda, com a comunicação social a filmar, tas a ser gozado pelo mundo todo, anda lá fala mansinho agora.
Mas falando mais asseriu, nem querendo estar do lado de ninguém, mas acho que foi uma humilhação publica o que o Rei Carlos de Espanha proferiu ao presidente da Venezuela, o Senhor Hugo Chavez.
Não se pode dizer que foi uma humilhação tão grande, mas só o facto de ter sido mandado calar por um rei, é muito mau, alias quem é que o mandou andar a por a boca no trombone, e começar a insultar uma pessoa que nem sequer está presente, naquele dia foi o dia em que levou uma resposta á altura.
Mas como toda a gente sabe o Senhor Chavez é famoso pelos seus discursos ofensivos e por vezes verdadeiros, ora vamos ver alguns.



Eu gosto especialmente da parte das vaquinhas, mas no decurso apoio o Senhor Chavez quando diz que os cobardes que comandam as tropas no Iraq não o fazem no terreno mas escondem-se atrás de uma secretaria.



O cheiro a enxofre ficou durante muito tempo lá no palanque.
Bem isto é só um cheirinho daquilo que o Senhor Chavez diz nos seus discursos, mas por vezes as coisas saem para o torto como foi com o Rei de Espanha, mas não faz mal ele vai continuar a falar, querer o mandem calar ou não.

quinta-feira, novembro 08, 2007

ARGHHHHHHHHHHHHRGHHHHH!!!

I don´t know what a fuck is going on with me! There´s this fuckin destructive thougt that is fucking my mind up! A feeling that i don´t even know if exists, something ivisibale that probably is nothing more then a fuckin fantasy. I don´t know...i really don´t. I can´t even get, why the fuck did i remember to feel this! I´m the only person to see something that don´t exists! Yes, i´m going crazy...but worst, for the sake of this madness i´m probably pushing away the most beautifull thing that i have right now...yes, i can´t push her away! I lover her! But i just can´t avoid this blody fantasy, is this really going on?! I simply don´t have the guts to ask you... AHRGHHHHHRHH!



quarta-feira, novembro 07, 2007

Forbidden text

Hoje a escrita é perra, custosa e envolta em sentimentos contraditórios. Sim hoje é mais um dia complicado, que se traduziu primeiro num comportamento perfeitamente idiota na escola e mais tarde na necessidade devoradora de me abraçar a ti. Fi-lo e rejuvenesci, o meu consciente reprimiu e afastou todos os demónios que lhe tentavam raptar a sanidade. Mas, já Freud dizia que os sentimentos reprimidos e recalcados se revelam ou nos sonhos, ou numa série de outros comportamentos que não me apetece enumerar.A verdade é que não foi preciso muito para estes pensamentos me voltarem a invadir( à medida que vou escrevendo o texto, vou sendo condicionado por todos os conhecimentos que possuo sobre Psicologia, que me fazem pensar várias vezes sobre os termos a utilizar o que consequentemente vai limitar os limites da minha imaginação [passo o pleonasmo]) tomando conta de mim e encarcerando-me numa prisão sombria e perdida algures entre as minhas expectativas e as minhas atitudes. Ora não sendo nenhum Steven Seagel, não procedi à arte de uma qualquer arte marcial de origem oriental de forma a vencer todo e qualquer tipo de inimigo e conhecer uma fuga heróica desta prisão mental. O que se passará? Não estão em causa sentimentos adquiridos, simplesmente me questiono sobre o que me levara a sentir de determinada maneira quando estou perante determinada pessoa. Não sabendo posiciona-la na minha escala de relações( o que quer que isto seja), ela é alguém com quem eu gosto de conversar, aparvalhar ou simplesmente partilhar qualquer coisa imperceptível, mas que eu sinto e me indago se ela sentirá. Neste ponto começa a desmoneração do meu bem estar psicológico. Essa tal coisa imperceptível, faz-me sentir nervoso perante esse alguém, de uma forma estranha e agoniante. Não nutro nenhum sentimento por essa pessoa que seja motivo de tal comportamento, mas simplesmente não o consigo evitar. O facto de não o conseguir evitar da comigo em doido! Não me sinto capaz de fazer nada para mudar isso e enfrento essa situação todos os dias! E agora? La está, se possui-se o talento do Segeal, resolveria tudo à base de artes marciais


sendo assim, tenho de encontrar forma de conviver com esta voz inquietante, que irá continuar a mandar o meu corpo fazer coisas que o meu pensamento(consciente) não quer!!

Sei que não devia ter escrito este texto,espero que pouco gente o leia, mas para quem o fizer peço que se tirarem algum tipo de conclusão as guardem e se tiverem de comentar, façam-no comigo e não espalham as vossas dúbias conclusões.

terça-feira, novembro 06, 2007

Thinking...

Atentei na forma, como outras pessoas escrevem. Percebi, analisei, comparei e conclui. Tenho uma noção muito simples acerca da minha escrita: crua, nula de classicismos, nutrida de uma ironia inconsciente, mas sobretudo sentida e espontânea. Talvez por não possuir tais capacidades ou simplesmente porque a minha imaginação não me impulsiona para esses caminhos, escrevo sem recorrer a todos aqueles "palavrões" aos quais ninguém conhece o significado, mas que nos conferem a nós escritor, uma imagem superior;não tendo a recorrer a grandes analogias e comparações complexas, um pouco como tão bem faz o Manha, mas sim a ser directo e pragmático. Sem ter nada contra quem destas formas escreve, admirando-os até. Assim, enquanto este pensamento corria fluentemente pelo meu consciente, fiz constantes analogias ao mundo musical, tipo um guitarrista técnico e complexo vs aquele que apesar de ser menos rápido consegue ser mais melódico e virtuoso:


(Virtuoso e melodico- Best ever!!!)

passei pelos tipos de inteligência que de certa forma estão intrinsecamente ligados ao assunto, sendo que inteligências diferentes se revelam em comportamentos diferentes, até que conclui que a forma como nos expressamos e desta vez não só através da escrita, mas de qualquer comportamento visível, está sobretudo ligada á forma como percebemos e vivemos a nossa vida. Não conseguindo aqui afastar o meu egocentrismo, vou tomar-me como exemplo. Ora, sendo naturalmente despreocupado, abençoado por uma genética que me permite o esforça mínimo e mesmo assim conhecer sucesso relativo, sendo eu adepto da tão virtuosa vida boémia digna de qualquer rockstar (isto é o meu mundo de fantasia a funcionar) é sem surpresa que a minha escrita(tomando esta forma de expressão também como exemplo) se apresente descuidada, desnutrida de tudo o que posso ser conhecimentos provenientes de qualquer tipo de estudo, assente no sentimento e nos pensamentos do momento, produzida e nunca revida, nunca resultante de ideias organizadas e sobretudo nunca apresentada de forma a ir ao encontro de algum tipo de leitor, mas sim de forma a ir de encontro as necessidades que tenho de me exprimir. Sintetizando, sendo eu desorganizado e impulsivo, a minha escrita vai ser igualmente possuidora de tais características, por outro lado, alguém organizado e ponderado, escrevera de acordo a sua personalidade. Enfim, mais um texto que puderá ser maçudo, aborrecido e sem interesse mas que me deu muito gozo em escrever. Queria presentear-vos com uma das minha hilariantes piadas munidas de um sarcasmo incansável pelos demais, mas não me está a ocorrer nada por isso resta-me acabar com o texto!

A música no seu melhor

Como não podia deixar de faltar durante tanto tempo, aqui está mais uma vez a melhor Rubrica de música de todos os blogs, é verdade, a música no seu melhor está de volta com mais artistas e músicas do outro mundo.
Hoje trago vós dois artistas dos EUA, começaram os dois como artistas underground mas agora, pelo menos um deles, é conhecido por todo o mundo.
Ian Matthias Bavitz nasceu a 11 de Maio de 1976 em New York destaca-se como um dos maiores artistas a fazer e a produzir Hip-Hop americano, mas este de grande qualidade, sendo apelidado o estilo de underground.
Mais conhecido no mundo da música por Aesop Rock, começou a sua carreira como músico em 1997 ao lançar o álbum Music for Earthworms, tendo que ser o próprio a financiar o lançamento do álbum.
Seguiram-se álbuns como Float em 2000 e Labor Days em 2001, neste ultimo podemos dizer que teve uma boa aceitação por parte do publico podendo destacar alguns dos seus grandes êxitos como Coma, No Regrets, 9-5ers Anthem, e o seu grande sucesso Daylight e como não podia deixar de ser a titel track Labor.



Aesop troce para o Hip-Hop algo que ainda não tinha sido feito, troce um estilo de Repar completamente distinto daquilo que eram os Mc’s normais, e os instrumentais que este faz também são fantásticos, e o mais importante e é o que torna a sua música tão estimulante é o facto de serem únicos no mundo do Hip-Hop.
O ano em que nos encontramos troce mais uma obra-prima do Mc Americano, None Shall Pass chegou ao público a 28 de Agosto, e mais uma vez é um álbum repleto de músicas diferentes, e aquela maneira de Repar inesquecível do Aesop.
Deste álbum destacam-se Músicas como Coffee, Five Fingers, Gun For The Whole Family, Getaway Car, e para mim a música que vai ficar para sempre na minha memória None Shall Pass.



Mas avançando para outro grande artista que conquistou o mundo ainda nos anos 60, sempre acompanhado da sua Guitarra clássica e da sua harmonia, fez milhares de pessoas delirar com a sua música.
Robert Allen Zimmermanm, nasceu no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus-russos, no dia 24 de Maio de 1941, foi um dos músicos que mais se manifestou em motins e manifestações.
Bob Dylan, como era conhecido, desde 1962 até aos dias de hoje já lançou 45 álbuns, a sua impressionante discografia conta com grandes musicas como Subterranean Homesick Blues, Mr. Tambourine Man, Like A Rolling Stone, It's Alright Ma.



Recentemente foi lançado um documentário sobre a vida do músico, que eu tive a felicidade de ver um pouco, onde relata a sua caminhada até ao estrelado.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Morte dos sonhos e a ocupação do Vazio


O meu mundo desabou, os pequenos farrapos que restavam de um sonho, que não era vida, não era nada, apenas ilusão que não me deixava ver o quanto é dura uma queda, esse mundo morreu.
Apenas sobraram as cinzas, de como uma cidade se tratasse, o meu mundo foi atacado e dizimado pela força barbara da realidade, apenas deixando as cinzas e um rasto de destruição que não passam de memorias de um tempo sonhar era possível e viver um simples sorriso.
Sou incapaz de descrever o que vi, sou incapaz de explicar o que senti, apenas sei que foi levado pelo silêncio e pelo vazio, aquilo que ainda fazia feliz.
Minto, pois no meio da escuridão e do medo, por entre a penumbra e o fracasso, a maravilha pela qual me apaixonei profundamente, um dos últimos elementos neste mundo que me faziam inspirar profundamente e seguir com esta vida tumultuosa sem sentido, foi levado pela ganância e pela crueldade humana.
Que recordações dessa ilusão esse local me trazia, que aroma tão suave e tão frágil, ainda me consigo recordar, de sentir os cabelos de um anjo sobre as minhas mãos, e esse jardim que me envolvia, a mim e ao anjo, anjo esse, jardim esse que hoje não passam de meras memorias, da minha inútil existência.
Ao ver o vazio no mundo, a memoria troce-me as palavras que o anjo me proferiu nessa tarde de fantasia, “Jamais voltaras a este jardim, jamais me sentiras assim, o tempo é algo que não podes compreender, com ele viaja a vida, essa também não a compreenderas, de mim deixo-te apenas recordações que te atormentaram para toda a vida, mas descansa pois um dia ainda me poderás tocar, mas jamais te amarei como me vais amar”.
Do cimo daquele telhado velho e gasto pelo tempo, observo a tristeza que se abre sobre o meu espírito e sobre a terra que já amei, mas que não consigo amar de novo, este silencio, este vento que agora corre sem ser parado pelas folhas fortes das arvores que ali existiam.
O velho terreno olha para mim, conhece-me bem, sempre sentiu que eu sentia, mas agora chora, chora porque não consegue sentir, e deslumbra o seu velho, e acabado companheiro sem forças para lutar, sem direcção para ir, injuriado e devastado, este também solta uma lágrima, que escorre pelo rosto, e sem vergonha escorre a te ao solo que no passado já foi o seu paraíso.
Lentamente, vou sentido que os meus sonhos morrem, ainda mais lentamente vejo o vazio que se aproxima, não tenho receio, deixo entrar, pois não á mais nada que possa preencher o meu espírito, e a partir deste dia, espero que o anjo chegue, até lá sobrevivo escrevendo, escrevo sem o dom e sem a vontade que já se esgotou.
Á minha frente encontra-se uma dura travessia pelo deserto, não sei se alguma fez o passarei, nem se tenho forças para o atravessar, mas sei que do outro lado se encontra o Jardim dos sonhos mortos.
Não faço parte do mundo onde estou, onde não sou compreendido, é por isso que pretendo viver na sombra, e medito, fantasio, a ilusão de voltar para o nosso jardim, meu e do anjo, lá sim, poderei ser feliz.
Apenas deseja ter sanidade para poder ouvir esta musica enquanto busco o meu caminho até lá, Waiting On An Angel.

Mas estámos abandonados ou o quê?!?!

Pois aqui o nosso blog, foi nestes dias deixados ao abandono por estes seus donos desleixados. A verdade é que nem mesmo hoje possuo a mínima vontade de escrever! A solução: Music, Good Music!!!

Radiohead "Creep"







Muse "Starlight"




Kaiser Chiefs - "Everyday I Love You Less and Less"





May the Good music be with you