Continuo a sofrer

Pergunto-me frequentemente, porque é que a vida não é como nos queremos, e tem de ser ao aleatório, perdido no mundo?
Foi essa a pergunta que eu sempre me fiz, foi a ela que eu nunca tive resposta, nunca dela consegui algo, foi todo o que quis uma resposta, uma mera resposta, que nunca alguém ma dará.
A mente é aquilo que eu sempre pensei que me iria deixar satisfeito na minha vida, como estava tão enganado, nada, a minha mente não pode dar nada, apenas o ilusionismo das palavras, a farsa da visão, e o engano da imaginação.
Sempre acreditei que com a minha mente chegaria mais longe, que com ela poderia partir para dentro do meu próprio mundo, criar algo perfeito com a pessoa perfeita do meu lado, mas NÃO, é todo mentira, com ela apenas consigo escrever coisas que não interessao nada e nem a ninguém, só a uma existência sem expressão que um dia espera ser reconhecido e amado.
A vida mostrou me que quanto mais luto por algo mais isso me desaponta, mais sou forçado a desistir, quanto mais fundo mergulho, mais rápido me afogo, num rio que quer que eu já mais sobreviva a algo, que quer que eu já mais tenho algo, quer que eu me afogue nas aguas que são a infelicidade.
Pois procuro o oposto, permanentemente, sem nunca conseguir lá chegar, á quem diga que um dia vou conseguir, a essas pessoas tento lhes dizer que jamais isso a acontecera, pois em primeiro lugar não existe felicidade, em segundo, se existe-se eu nunca a teria.
Quem me diz isto diz me também que não á um nunca, engraçado, nessas pessoas não á um agora, um presente, mas existe sempre uma possibilidade para o futuro, é apenas uma maneira subtil de afastar a responsabilidade do presente.
Pessoa um dia disse que a vida é como uma empresa e que para não a levar á falência era necessário ser feliz, mais uma vez isto é irónico, nos seus eteronimos, Pessoa mostra a sua profunda infelicidade, a sua prefeita loucura, o seu grande génio, pois o verdadeiro génio é aquele que é infeliz, ou pelo menos todos eles no seu estado de maior infelicidade, ou de elevação a outro mundo que não este, foi quando as verdadeiras obras primas foram criadas.
As lágrimas desceram pelas fases mal o fizes-te, mal eu senti que desligas-te, que te desligas-te do meu mundo, quando poses-te um ponto final naquilo que ainda nos unia, á muito tempo que tal não acontecia, mas a infelicidade desceu com ela troou-se a dor, mas a mim já é indiferente, pois estou habituado a ela , a ela vou ser fiel enquanto a minha infeliz existência não tiver um fim.
Nunca ninguém percebeu um génio, pois nunca ninguém consegui-o colocar-se no seu lugar, ninguém pensa como eles pensão, é por isso que eles são génios, é por isso que eles são infelizes, pois o mundo medíocre não os percebe, nada os percebe, só eles, só eles percebem o seu papel no seu e no mundo real.
Mas estou longe de dizer que sou um génio, era ridículo dizer tal, pois considero-me um mero mosquito neste mundo de gigantes que esmagam sem piedade todos que se atrevem a ser diferentes.
A vida ensinou me não dizer o que penso, mas penso que á alturas em que isso não é possível, foste a única a quem eu disse todo, como é normal, a vida tinha razão, o coração é que não.
A guitarra tocada pelo verdadeiro génio é verdadeiramente genial, nela se destacaram muitos mas o mais genial deles todos é sem duvida John Frusciante, é com ele que eu tenho reflectido todo o que se passa comigo, é ele que me tem dado calma para que eu próprio não entre num estado de loucura.
A todos estes que costumam acompanhare este blog e a escrita deste humilde ser humano, a todos eles me despeço, despeço-me de escrever neste espaço, pois no estado de degradação mental em que me encontro, não quero maçar os meus leitores com as mesmas histórias de sempre.
Para eles durante um período de tempo apenas vou postar a minha habitual rubrica de música e pouco mais do que isso.
Até que me encontre em melhor estado mental, para todos este é o meu ultimo post de reflexão e comentário pessoal que faço.
E para aquela pessoa em que o meu mundo se desmoronou, se ela ainda vir isto, ela sabe o que eu penso, pois eu disse lhe o que sentia, não estou chateado contigo, apenas extremamente triste, mas ninguém provoca o amor noutra por isso, fica um beijo para ela até que nos voltemos a cruzar por algum a caso, se ela ainda me conseguir olhar nos olhos, eu vou poder também olhar nos dela, e ver como os pequenos momentos de felicidade já lá vão, e que eu nunca signifiquei nada para ela e nunca o serei, Nunca.
E despeço-me também com uma bela música John Frusciante - The Past Recedes, até sempre.