Blog da Mota: O Anjo das pernas tortas

quinta-feira, julho 05, 2007

O Anjo das pernas tortas

O Anjo das pernas tortas, foi tal vês um dos melhores jogadores de sempre, a alegria do povo como também lhe chamavam, nasceu em Magé, um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, a 28 de Outubro de 1933, com o nome de Manuel dos Santos.
Manuel dos Santos nas céu no seio de uma família humilde, com quinze irmãos na família, cresceu em Pau Grande e vivia e jogava á bola nas ruas, descalço mas com uma habilidade notável para brincar com quem quisesse lhe tirar a bola dos pés.
Foi a sua irmã que lhe deu a alcunha que depois foi conhecido por todo o mundo, a sua irmã chamava-o de Garrincha, fazia a associação com um pássaro das redondezas de onde viviam.
Com catorze anos de idade começou a jogar no Esporte Clube de Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Após uma breve passagem por uma equipa de Petrópolis foi treinar na equipa do Estrela Solitária.
Á quem afirme que no primeiro treino que fez com o Botafogo, Garrincha fez gato-sapato do defesa que depois jogou com ele na selecção brasileira Nilton Santos, e como é óbvio entrou no ano de 1953.
Demoraram 4 anos para que Garrincha pudesse fazer a sua estreia na selecção brasileira mas em 1957 já tinha encantado todo o Brasil e a gora preparava-se para encantar o mundo no mundial de 1958.

O Brasil começou por passar pela fase de grupo sem qualquer problema deixando para trás a Inglaterra e a Áustria, e Garrincha fazia as delícias do público e um verdadeiro inferno para os defesas que o tentavam acompanhar.
Depois seguiu-se o pais de Gales que foi derrotado por 1-0, mas nas semifinais estava marcado um emocionante jogo entre Brasil e França que o Brasil levou á melhor com o resultado em 5-2, Garrincha não marcou nenhum mas fez um exibição que ainda hoje é recordada.
Na final frente aos anfitriões, a Suécia, a Brasil apanhou um susto aos 3 minutos quando a Suécia marcou o primeiro do jogo, mas o Brasil soube responder á altura e acabaram por vencer por 5-2.
Mas o grande Mundial para Garrincha estaria ainda para vir, foi em 1962 a pós a lesão de Pele, Garrincha teve de assumir o controlo da selecção brasileira.

Na fase de grupos o Brasil deixou para trás equipas como Espanha e México, Garrincha era a figura do Brasil, com os seus inacreditáveis fintas sobre os adversários.
Nos quartos de final dois gigantes do Futebol encontraram-se, Inglaterra e Brasil fizeram uma boa exibição, mas grande exibição foi a de Garrincha ao marcar dois golos nesse jogo.
No jogo seguinte o Brasil defrontou-se com um poderoso Chile que caiu aos pés de Garrincha, mais uma vez Garrincha marcou dois golos e arrumou com a defesa do Chile.
Mais uma vez na final o Brasil foi surpreendido pelo seu adversário, neste caso Checoslováquia que marcou primeiro, mas mais uma vez o génio de Garrincha veio ao de cima e levou o Brasil a uma vitória por 3-1.
Mas depois de uma derrota no Campeonato do mundo de 1966 Garrincha afastou-se da selecção e foi ai que começou o seu declínio.
É sabido que Garrincha viveu excessos no amor e no álcool. Teve várias mulheres, a mais famosa delas a cantora Elza Soares. Foi também pai inúmeras, com várias mulheres diferentes. Em vida, Garrincha reconheceu a maioria dos filhos do qual tinha conhecimento. Alguns, porém, são bastardos. O caso mais conhecido é o de Ulf, fruto de um amor com uma sueca na copa de 1958. Ulf foi descoberto por um repórter, porém ele nunca conheceu o pai. Apenas em 2005 Ulf veio ao Brasil, para conhecer suas irmãs, o Botafogo e poder conhecer um pouco mais da história de seu pai.
Garrincha abusava um pouco no álcool, e muitas vezes era encontrado pelos amigos completamente bêbado.
Jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista (1966) e no Clube de Regatas do Flamengo (1969). Jogou por pouco tempo no Olaria (1972), isto mostrava já um Garrincha desgastado e sem a sua alegria natural para jogar.

Garrincha foi derrotado pelo alcoolismo, vindo a falecer em 20 de Janeiro de 1983 no Rio de Janeiro.
O seu cortejo fúnebre foi acompanhado por milhares de fãs que quiseram ver pela última vez o herói do Brasil, o anjo das pernas torta, o pássaro Garrincha.
Mas para a história vai ficar que Garrincha nos clubes, jogou 581 vezes, marcando 232 golos pelo Botafogo. Também actuou pelo Corinthians, Flamengo e o Olaria no Brasil, e pelo Atlético Junior da Colômbia. Sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972, e as suas incríveis fintas sobre a defesa contrária.

A força do seu carisma ficou marcada nas palavras do grande poeta de Itabira:

"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irónico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios."

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