Aí não Quim

Estou de volta da minha inacreditável viagem com o Quim aos EUA, desde já deixem-me apresenta-lo.
O Quim é um indivíduo que apenas conhece a sua aldeia (S. Jorge da Beira), onde a penas moram 20 pessoas e muito parecidas com o Quim, este desconhece o mundo exterior á sua aldeia, por isso é que esta viagem foi inesquecível.
Eu conheci o Quim porque ele é o meu fornecedor de batatas e cebolas, rapidamente nos tornamos os melhores amigos, e um dia quando estávamos a comer uma arrozada em casa dele, ganhamos uma viagem a nova york no pacote do arroz.
Mal chegamos ao aeroporto de nova york, tentou saltar por cima dos controlos de entrada, só dizia: “anda manha esta ali uma coisa com muitas luzes” era a placa dos voos.
Ou seja a polícia de segurança do aeroporto andou atrás dele para o por na fila.
Já cá fora, ao passarmos por uma pessoa de raça negra, o Quim, que nunca saio da sua aldeia, tem esta saída brilhante “aquele ali está com muitas dores de intestinos, até ficou preto, manha vamos tentar ficar assim”.
Peguei nele e meti-o dentro de um táxi, depois de termos pousado as coisas no hotel, decidimos ir dar uma volta pela cidade, MAL, pois se eu soubesse o que ia fazer não o tinha deixado sair.
Entramos dentro de um museu para eu lhe mostrar arte, estávamos muito sossegados a ver aquilo, quando passamos pela secção de sanitas partidas (dizem que é arte) e ele ficou a olhar muito.
Eu destrai-me um bocado a olhar para outras coisas, quando olhei para ver onde ele estava, estava sentado encima de uma sanita a aliviar a tripa.
Fomos os dois postos fora ao pontapé, e o Quim ainda gritou para eles: “eu é que me devia queixar, as vossas sanitas estão todas degradadas”.
A crónica ainda continua…